Análise - PARÂMETROS
CURRICULARES NACIONAIS, LÍNGUA PORTUGUESA.
Depois de uma leitura sistematizada dos PCNs da Língua, respondo os seguintes questionamentos.
Quais os fundamentos do ensino da língua?
Segundo os PCN, os
fundamentos do ensino da língua se dão na estreita relação com a possibilidade
de plena participação social. Que levará o homem a se comunicar, ter acesso a
informação, expressando diferentes pontos de vista, aquisição de conhecimentos.
A função da escola aqui é a responsabilidade de assegurar a todo aluno o acesso
aos saberes lingüístico para destreza da cidadania, direito de todos. A língua
levará o ser a uma participação social.
Que conceitos de lingüística são abordados?
Textualidade - É um
encadeamento verbal constituído por um conjunto de relações que se situam a
partir da coerência de um texto. Só é um
texto quando pode ser entendido como união significativa global, quando há
textualidade.
Análise Discursiva- quando
se interage verbalmente com alguém, o discurso se organiza a partir dos
conhecimentos que se acredita que o interlocutor possua sobre o assunto, do que
se supõe serem suas opiniões e convicções, simpatias e antipatias, da relação
de afinidade e do grau de familiaridade que se tem, da posição social e
hierárquica que se ocupa em relação a ele e vice-versa.
Gêneros textuais- Todo texto
se constitui dentro de um determinado gênero. Os vários gêneros existentes
compõem formas relativamente constantes de enunciados, disponíveis na cultura,
apontados por três elementos: conteúdo temático, estilo e construção composicional.
Pode-se ainda afirmar que a noção de gêneros refere-se a “famílias” de textos
que compartilham algumas características comuns, ainda que heterogênea como
visão geral da ação à qual o texto se articula, tipo de apoio comunicativo, alargamento.
Que tipo de oralidade deve-se ensinar?
A ação não é falar certo ou
errado, mas saber qual forma de fala empregar, analisando as características do
contexto de comunicação, ou seja, saber adaptar o registro às diferentes
circunstâncias comunicativas. É saber dispor satisfatoriamente o que falar e como
fazê-lo, ponderando a quem e por que se diz determinada coisa. O importante é a
função da intenção comunicativa pertinente aos interlocutores. O principal aí
não é a correção, mas a adequação ao uso. “(...) falar bem é falar
adequadamente, é produzir o efeito pretendido.” (p. 26)
“Cabe à escola ensinar o
aluno a utilizar a linguagem oral nas diversas situações comunicativas,
especialmente nas mais formais: planejamento e realização de entrevistas,
debates, seminários, diálogos com autoridades, dramatizações, etc. Trata-se de
propor situações didáticas nas quais essas atividades façam sentido de fato,
pois seria descabido “treinar” o uso mais formal da fala. A aprendizagem de
procedimentos eficazes tanto de fala como de escuta, em contextos mais formais,
dificilmente ocorrerá se a escola não tomar para si a tarefa de promovê-la.”
(p.27)
Que tipo de escrita deve-se ensinar?
“Durante o primeiro estágio,
previsto para durar em geral um ano, o professor deveria ensinar o sistema
alfabético de escrita (a correspondência fonográfica) e algumas convenções
ortográficas do português — o que garantiria ao aluno a possibilidade de ler e
escrever por si mesmo, condição para poder disparar o segundo estágio do
metafórico foguete. Esse segundo estágio se desenvolveria em duas linhas
básicas: os exercícios de redação e os treinos ortográficos e gramaticais.”
(p.27)
Tais ponderamentos cabem
reflexões acerca das teorias e metodologias utilizadas. A capacidade do aluno
de produzir textos, e redigi-lo a próprio punho ainda esta vinculada com a
capacidade que esse teve de aprender e a forma que isso foi simultâneo.
“A conquista da escrita
alfabética não garante ao aluno a possibilidade de compreender e
produzir textos em linguagem
escrita. Essa aprendizagem exige um trabalho pedagógico sistemático.” (p.27)
Quais os objetivos gerais da Língua Portuguesa?
Ao longo do processo escolar
o aluno deverá desenvolver as competências pautadas à linguagem. Para que isso
aconteça o ensino da Língua portuguesa deverá ser disposto de maneira que os
alunos sejam aptos a:
“• expandir o uso da
linguagem em instâncias privadas e utilizá-la com eficácia em instâncias
públicas, sabendo assumir a palavra e produzir textos — tanto orais como
escritos — coerentes, coesos, adequados a seus destinatários, aos objetivos a
que se propõem e aos assuntos tratados;
• utilizar diferentes
registros, inclusive os mais formais da variedade lingüística valorizada
socialmente, sabendo adequá-los às circunstâncias da situação comunicativa de
que participam;
• conhecer e respeitar as
diferentes variedades lingüísticas do português falado;
• compreender os textos
orais e escritos com os quais se defrontam em diferentes situações de
participação social, interpretando-os corretamente e inferindo as intenções de
quem os produz;
• valorizar a leitura como
fonte de informação, via de acesso aos mundos criados pela literatura e
possibilidade de fruição estética, sendo capazes de recorrer aos materiais
escritos em função de diferentes objetivos;
• utilizar a linguagem como
instrumento de aprendizagem, sabendo como proceder para ter acesso, compreender
e fazer uso de informações contidas nos textos: identificar aspectos
relevantes; organizar notas; elaborar roteiros; compor textos coerentes a
partir de trechos oriundos de diferentes fontes; fazer resumos, índices,
esquemas, etc.;
• valer-se da linguagem para
melhorar a qualidade de suas relações pessoais, sendo capazes de expressar seus
sentimentos, experiências, idéias e opiniões, bem como de acolher, interpretar
e considerar os dos outros, contrapondo-os quando necessário;
• usar os conhecimentos
adquiridos por meio da prática de reflexão sobre a língua para expandirem as
possibilidades de uso da linguagem e a capacidade de análise crítica;
• conhecer e analisar criticamente
os usos da língua como veículo de valores e preconceitos de classe, credo,
gênero ou etnia.” (p. 33)
Quais os conteúdos a serem trabalhados em Língua
Portuguesa?
Quando se pensam nas as
capacidades a serem desenvolvidas, relacionam-se quatro habilidades
lingüísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever. Daí se procede que os
conteúdos devem ter a função de desenvolver essas habilidades, estabelecidos em
torno de dois eixos fundamentais: o uso da língua oral e escrita e a análise e
reflexão sobre a língua - Língua oral: usos e formas/ Língua escrita: usos e
formas/ Análise e reflexão sobre a língua
Os próprios conteúdos surgem
ao longo de toda a escolaridade, modificando apenas o grau de aprofundamento e
sistematização. Para cobrir esse tratamento recorrente é preciso seqüenciar os
conteúdos sujeitos a critérios que possibilitem a continuidade das
aprendizagens. São eles:
“• considerar os
conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende ensinar,
identificando até que ponto os conteúdos ensinados foram realmente aprendidos;
• considerar o nível de
complexidade dos diferentes conteúdos como definidor do grau de autonomia
possível aos alunos, na realização das atividades, nos diferentes ciclos;
• considerar o nível de
aprofundamento possível de cada conteúdo, em função das possibilidades de
compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu processo de aprendizagem.”
(p. 36)
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